sábado, 25 de dezembro de 2010

feliz natal meus queridos



e que venham coisas boas e quentes. tchim tchim
para nós que merecemos.


alfred hitchcock (e filhos?) na imagem.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

mais um natal...


O Natal aproxima.se a passadas gigantes. Pelo menos é o que sinto este ano. Mais do que nos outros. Talvez seja pelo facto de não ter em mãos grandes projectos natalícios a meias com a minha progenitora visto que somos nós, por esta altura do ano, as dinamizadoras desta casa. Mas este ano ela não tem férias e a coisa acaba por morrer um pouco. De qualquer forma temos outras coisas. Coisas curiosas e engraçadas que me têm acontecido e que sempre me divertem um pouco.

Bem tudo isto para vos desejar um santo e feliz natal. Que passem bons momentos junto daqueles que vos amam e vos estimam. Que não se rendam ao consumismo desenfreado. Que façam coisas vossas para oferecer (Eu fiz um gorro!). Que tirem muitas fotografias. Que dancem com os mais pequenos e que finjam com três pancadas na porta e um gargalhada forte que o velho gordo de barbas passou pela casa para deixar as prendas. Que comam umas filhoses às escondidas. Que tentem adivinhar cada prenda só pelo embrulho.


Mas mais importante: quando no meio de todo aquele rebuliço de festa, ou de conversa, se sentirem felizes, quentes e confortáveis - estão a ver essa maravilhosa sensação? - guardem esses sentimentos. Guardem mesmo. Arquivem no vosso coração porque nunca se sabe quando essa alegria vai fazer falta.




Um sincero bem haja.




[na foto o jovem Clint Eastwood que é como quem diz: "Primeiro Natal sem ele..."]

sábado, 18 de dezembro de 2010



D é para Dezembro.

D é para algum descanso. D é para desenhar. D é para desinibir. D é para despreocupado e descomplexado. D é para Des Bonnes Raisons revisitadas no itunes. D até pode ser para dançar se não estiver a chover. (D é para Design de Comunicação II durante as férias)

ah, D é para Depp (claro).

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010





ainda da new york times magazine, uma selecção de catorze cenas interpretados por catorze actores na sua forma mais elementar. está absolutamente fora de série.

novo ano, nova boémia



Estamos com quase mais um ano de crónicas por completar (parece verdadeiramente inacreditável, não?) e no entanto não posso deixar de fazer um pequeno balanço da situação.

Ainda há algum tempo atrás, eu e a querida kitch estávamos a falar num desses serões e o tema das coincidências manhosas veio à conversa. São pura e simplesmente aqueles apontamentos, uma coisa aqui e outra que aconteceu ali que nos mete a pensar pois bem, se virmos isto olhando de há dois anos para cá, não deixa de ser irónico. E de facto há coisas tramadas.

Afinal os intelectuais desalinhados sobre os quais idealizámos aparentemente estão mesmo ao lado em carne e osso, e aquela ideia quase romântica de crescermos e irmos para a universidade para ter serões de estudo nos cafés até ao final de tarde, bebermos uns copos com os amigos pela noite fora e de dar-mos o ar de nossa graça enquanto trabalhamos para aquilo que gostamos.. bem, de certa forma acabámos por nos tornar nisso mesmo. Isto não quer dizer que estejamos a viver a puta da loucura da vida urbana e universitária - quando na realidade, oitenta por cento do tempo é dedicado à vida da faculdade ou à simples noção do que devíamos estar a fazer alguma coisa para a faculdade.

Mas é engraçado.
Toda aquela ideia da boémia e o súbito e inexplicável fascínio por filmes como as “Chansons d’Amour”, pela altura em que precisamente estávamos a iniciar este blog, nunca teve nada a ver com uma história em particular.. mas sim com os ambientes, com as personagens garrelianas que testavam o nosso imaginário, e com as possibilidade de um modo de vida cosmopolita que parecia fervilhar ao virar da esquina seguinte. Contudo lembro-me nitidamente disto: de descer a pé a longa avenida das embaixadas que fazia sempre à saída da secundária, num dia frio e de nevoeiro extraordinariamente semelhante ao de hoje, e de me imaginar a fazer aquele percurso como se estivesse noutro sítio completamente diferente - quem sabe, uma cidade como Paris ou com a perspectiva de um café quente do outro lado da rua.

É verdade que por agora não temos Paris, mas o resto do espírito está lá. E o mais irónico é que nem sequer envolve os “verdadeiros” intelectuais, hypsters ou boémios - só um bocadinho e só de vez em quando. Se há alguma coisa descoberta num ano e meio de faculdade é mesmo o prazer e o charme de Lisboa nas pequenas coisas, o poder de conhecer pessoas com gostos idênticos mas maravilhosamente diferentes (oh, tão diferentes do secundário nesse aspecto meus queridos) ou os magníficos materiais inúteis que vamos encontrando por aí meio escondidos.

Um desses mimos escondidos é, por exemplo, o Super Bock em Stock da semana passada com direito a bom serão e a música sempre mui fresca (de facto, depois de ver a maravilhosa Janelle Monáe num ano em que ainda tivemos direito a Jamie Cullum em dose dupla ou Michael Bublé, nada mais poderia rematar esta temporada de concertos). Foi o Tivolli, o S. Jorge, o Maxime cheio, a garagem abafada do Marquês e até um autocarro da carris. Houve dança quando se pôde, copos de sangria gelada durante os intervalos, chuva e filas na rua, e até conversa descomplexada no final da noite com estonianos. Mais uma carga de chuva bem forte e mesmo em cheio, guarda-chuvas oportunamente abertos. O serão prolongou-se e quando finalmente cheguei a casa fiquei vários minutos a tremer em frente a um aquecedor, com uma poça nas meias e um diário gráfico encharcado ao lado.

E isto sim, é irónico. Porque apercebo-me que, vendo de há dois anos para cá, até estou onde quero estar. And I really don’t know what to say about that.



na imagem colin firth e julianne moore para a new york times. fotografia de inez van lamsweerde e vinoodh matadin.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

pause





post nº221.it's time to pause.







[by Nirrimi Hakanson]

terça-feira, 7 de dezembro de 2010





all day with this felling. sweet.




[Lost in Translation. Bill Murray and Scarlett Johanson]

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010




bah. manly hug and drink then dude?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

No meio de tanta coisa, às vezes acabamos por nos esquecer do mais importante e genuino. Ei.lo, então. A boa disposição, o sentido de humor, a boa música, as cantanhas assadas e o cálice de Porto.

Ah, e claro o sr. Depp.

*

domingo, 21 de novembro de 2010

Odete,


nem tudo é o que parece!
[Levitt on the pic]

sábado, 20 de novembro de 2010

A leap of faith



mas será que é mesmo disto que precisamos agora? sinceramente, frases feitas à parte. o que é que significa isto realmente no meu dia.a.dia - e o que raio é que vai separar aquele sentimento de queda livre de pura estupidez do momento?

--

entre parênteses, 21 de novembro: e estas ironias da vida são tão tramadas. ligeiramente com azia de momento.



a fotografia do incrível fotógrafo Chris Lowell (e aparentemente também actor aos pedacinhos em certas séries da Fox Life à tarde). a acompanhar, boa banda sonora de fundo e honestamente algum sono.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

porque até os boémios querem ser normais às vezes

[Non?]
Eva Green e Louis Garrel

Frio seco

Estamos a meio da semana e têm estado uns dias frios. Aquele frio seco. Aquele frio que limpa a cara e os olhos ensonados na marcha silenciosa para a paragem. Um novo dia começa assim que vejo os números garrafais a laranja. 729. Lá estão eles a subir a calçada em minha direcção. Deixemos os lugares sentados para os velhotes e para os estudantes. Logo me sento. Até lá penso no dia que me espera e na música que vou dedilhando no mp3. Passada a floresta intensa e calma de Monsanto o contacto com a civilização é imediatamente restabelecido na próxima paragem no meio de um passeio de cimento cinzento. O destino aproxima.se. Fecho o casaco. Distribuo.o os últimos olhares pelas caras anónimas espalhadas pelas cadeiras de plástico. Os meus companheiros diários de viagem matutina. Só falta tocar no botão, se ainda ninguém o fez, e levantar.me fintando os solavancos da grande máquina amarela. Agora é só sair. Daí são mais uns passinhos até à entrada acidentada da faculdade. Lá vou eu. Em silêncio ou a murmurar melodias. De blusão fechado até acima e mãos nos bolsos. Mochila às costas. Cabelo solto, a esvoaçar. E aquele frio seco. Aquele frio maravilhoso. Aquele frio revitalizante. É um momento, só. E Chopin lá toca aos meus ouvidos...







Agora sim, o dia pode realmente começar.
[Schwartzman, Wilson e Brody. Os 3 da vida airada no "The Darjeeling Limited".]

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Julliane

She and her kids are all right. So do we, now that is friday...

[Julliane Moore by unknown source]

domingo, 7 de novembro de 2010

Je [heart] Amelie

M.Bublé 2010


Apesar destas duas cronistas terem ido ao concerto do Sr. Michael Bublé - Miguel Bolha para alguns - no Pav. Atlântico, estas foram em separado. Todavia avanço com uma pequena leitura do evento que foi, sem dúvida, estrondoso. O homem cantou e encantou. Rodopiou, deslizou e até o Papa imitou. A escolha da música de abertura - "Cry Me A River" - não foi a mais acertadada (demasiado mole e calma) mas as faíscas a romperem o palco lá compensaram. Começa logo por avisar que isto não era um concerto. "Os concertos são chatos. Isto é uma festa!" prevendo a animação que viria. Nunca tinha visto o pavilhão cheio de gente e deixem que vos diga, é assustador. Aquela acústica é mesmo miserável mas isso também foi esquecido. O concerto repleto de mães e filhas foi muito bom com um homem que se não fosse cantor, seria certamente comediante. Com uma enorme presença no palco e standards do jazz em jorrilho ("All Of Me", "I've Got A World On A String", "How Sweet It Is", "Save The Last Dance For Me"), passou.se muito bem uma noite. Claro que o "Home" da praxe foi um dos momentos altos da noite com ele no meio do público em completo acústico. Já outro momento seria o "Everything", música romântica que serviu de mote aos inúmeros casalinhos pelo recinto espalhados e no fim o "I Haven't Met You Yet", a música mais tocada na televisão neste último ano pelo Continente e pela Carte d'Or. Relembrou, ainda, outro tão estimado e célere Michael. Sim, o Jackson com direito a falsete e dança. Tocou também "For Once In My Life" de Wonder, que é só um dos melhores temas deste, e "Some King of Wonderful" dos eternos The Drifters - música utilizada no mítico "Dirty Dancing".

Bublé apresenta a banda, que era absolutamente irrepriensível e espectacular, entre piadas e disparates levando.o o público a aplaudir entusiasticamente um músico supostamente português pela parecença do apelido. Afinal era americano, residente no Texas. "I'm going to hell!" diz entre gargalhadas.

O encore acabou por ter mais força que a abertura visto que atacou o eterno "Feeling Good" da deusa Simone com unhas e dentes finalizando com um doce, doce "Me and Mrs Jones". Prova ainda, tal como Cullum havia feito em concertos anteriores, o poder da sua voz ao cantar a última frase de "Song For You" sem banda nem microfone para um pavilhão mergulhado no silêncio.
Assume já no fim que foi "estúpido" em não ter vindo a Portugal mais cedo. Pediu muitas desculpas e agradeçeu imensas vezes. Apesar de ser um discurso com o risco de cair no falso, a verdade é que este homem fez aquelas duas horas, ficou surpreso com a reacção e prometeu voltar no próximo verão.
Como eu sempre digo, o público português é fidelíssimo.
[mas ninguém me tira o meu Cullum por muitos Bublés que venham!]
set list do concerto em Espanha que foi idêntico ao de Portugal. Enjoy!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

oh mate, I tell you..


..não sei se é só de mim, mas meto a minha música acabadinha de tirar, olho para o trabalho por fazer em cima da secretária e só quero pegar numa grande mochila e fazer uma viagem com um pequeno grupo de amigos, nem que seja para o outro lado da ponte com o meu próprio carrinho. há dias em que só quero um mapa em cima da mesa sem saber bem o que está lá. do you know what I mean?


ewan mcgregor na imagem.

sábado, 30 de outubro de 2010



casa, apontamentos, aquecedor junto aos pés, chá e camisolão. chuva lá fora e música cá dentro. por mim tudo bem por hoje non?

senhor Gosling na imagem.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De raspão



Foi algures na semana passada que voltei a ter um daqueles encontros casuais quando ia a sair do metro do marquês.

O rapaz estava ali na fila para apanhar o mesmo autocarro que eu, e mal o ia reconhecendo: era um daqueles colegas de infância que já não se vêm genuinamente há muito tempo e que depois voltamos a encontrar do nada, por mero acaso. Este já não o via desde o sétimo ano, ou algo parecido (há uns quase sete anos, será possível?) e as memórias que tinha deste miúdo vinham dos tempos da infantil até ao colégio, nem todas fazendo-lhe necessariamente justiça diga-se verdade. Por alguma razão, a lembrança que me vinha imediatamente à cabeça correspondia a uma fase de baralhos magic no chão, corridas de um lado para o outro e quando os rapazes roubavam os sapatos e as malas às raparigas no corredor para se porem a fugir de forma maníaca... True story. E, estranhamente, não há tanto tempo quanto isso.

Ele está bem, a tirar arquitectura no ISCTE e tinha projectos em mão para trabalhar durante aquela noitada (mais uma em branco, dizia). Enquanto falava sobre eventualmente estagiar num sítio qualquer e das cadeiras de matemática que tinha no técnico, eu não pude deixar de sentir uma certa estranheza por responder que lá ia indo bem, na Faculdade de Belas Artes a tirar Design de Comunicação. Agora, não me interpretem mal. Adoro aquilo, cresci bastante e estou mesmo a fazer algo que gosto. Mas penso que o que me levou a ter esta sensação em primeiro lugar foi o facto de me lembrar deste meu amigo como uma pessoa meio distraída e com umas notas apenas razoáveis (não sei, talvez a memória me engane), e vê-lo agora num cenário onde não o imaginaria desconcertou-me de certa maneira.

Embora esteja feliz por ele, principalmente nestes encontros de “que é feito de ti e o que andas agora a fazer”, não consigo deixar de pensar que, quando falo de mim, isto não é exactamente o que as pessoas estavam à espera. Ou melhor: que talvez isto não seja bem aquilo que eu estava à espera para mim. É estranho não é? Provavelmente é este meu forte carácter de constante indecisão e confusão a falar mais alto mas não consigo deixar de pensar no “e se” destas coisas: se a incerteza é por culpa do curso em si, de mim e da minha capacidade de trabalho ou de ambos - suspeito da última. Contudo, como lhe disse as coisas vão indo bem e não sei quantas mais vezes já repeti isto. É verdade mas uns dias mais do que noutros.

De resto, foi bom tê-lo apanhada na viagem de autocarro. Eu geralmente fico de pé atrás com pessoas que não vejo há muito tempo, não sei bem como as abordar e nem sei como se vão comportar, mas fomos relembrando bons pormenores e pessoas perdidas no tempo. Uns o que andavam a fazer, outros completamente já sem rasto. E não há nada mais curioso que ver como as coisas mudam no espaço de poucos anos, como as relações de amizade se alteram de tão voláteis que são, e como as pessoas acabam por evoluir muitas vezes de formas inesperadas.

É curioso e resta saber que raio será de nós aqui a uns anos.


Winslet e Dicaprio na imagem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

aos casais



porque este blog estava a precisar de um bocadinho de esperança. não te parece, comparça?

terça-feira, 19 de outubro de 2010



aah, se soubessem o que isto me fez rir. como eu gosto de black adder. honras da casa por rowan atkinson e hugh laurie na imagem.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

.

Action leads to reaction.

[Big Bang Theory gang. Mr. Parsons, Miss Cuoco and Mr. Galecki.]


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

yahoy october!





foi preciso vir uma amostra de tempo manhoso para me lembrar que adoro ver aquele céu limpo a seguir a uma chuvada, nas manhãs do meu quarto - a luz esbatida, o ar frio e os meu bons lenços compridos enrolados à volta do pescoço. soube bem apesar de ter ficado em casa, a procrastinar mais do que devia. mas é bom saber que afinal sempre tenho um bocadinho de outubro em mim e (a partir de agora) um bocadinho também de dezanove na conta.


imagem de um bom rapaz que aparentemente também faz anos hoje, senhor Hugh Jackman.

*

terça-feira, 5 de outubro de 2010



Não me perguntem porque é que ainda não tinha conseguido ver O Padrinho de uma ponta a outra, ao fim deste tempo todo. Nem como é possível meter o Pacino de 1972 de lado. *bites knuckles*

domingo, 3 de outubro de 2010

another week


[Sam Rockwell. Um dos meus actores preferidos]

sábado, 2 de outubro de 2010

How the hell do they do it?



Sou daquelas pessoas que precisa de ter um bom diário por perto.

Dei-me conta disto quando redescobri inesperadamente, esta manhã, o velho caderno todo forrado e bem guardadinho sobre os postais da gaveta (ironicamente ou não, uma das prendas mais certeiras e estimadas dos últimos anos minha cara!) e não resisti a levá-lo comigo para Cascais e a folhear pedaços soltos daquilo no meu tempo livre, esta tarde.

Cheguei a esta conclusão porque, em primeiro lugar, percebi que funciona relativamente bem como terapia auto imposta para não adiar relatos, para me manter a par do que tenho na cabeça e do que deveria fazer, mas também por aquela espécie de gozo e paz que dá, anos depois, ver aquelas páginas todas preenchidas com linhas sucessivas de caligrafia (mais cuidada e pequena ou desorganizada e solta, conforme os dias) e de pensamentos dispersos. Outra razão flagrante, é que não consigo deixar de ficar surpreendida pela a forma como pensava numa determinada altura e de perceber até que ponto há coisas que se tornaram tão diferentes e outras que se mantém tão iguais a si mesmas.

E neste ponto, acabo sempre por voltar à estaca zero.
Porque HÁ, pura e simplesmente, coisas que estão iguais seja há dois anos, há um verão ou há uma semana atrás. Ao mesmo tempo, aproxima-se também aquela data omnipresente que marca os dezanove. (oh a euforia, a puta da loucura) A pergunta que se põe é: and now what? Porque é que eu continuo com a sensação que estou a correr sem sair do mesmo lugar? Porque é que da quantidade de linhas caligrafadas, umas atrás das outras, o sub-texto parece acabar por rondar sempre no mesmo?
E acima de tudo:


(how the hell do they do it?)


Enfim. Rever passagens antigas de diário não me deixam de todo frustrada, só céptica. É verdade que é um cepticismo sereno e despreocupado, com álbum completo de Janelle Moane como fiel banda sonora e o sol frio de uma tarde de Outubro em plano de fundo. Mas não deixa de ser uma perspectiva céptica para o que quer que se escreva a seguir.


(marion cotillard numa fotografia absolutamente espectacular, na minha opinião. damn you french bohemia and your charm!)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Primeiro dia. Segundo ano.


.mais caloiros.mais caras. mais barulho



.mesmos colegas.mesmos vícios.mesmas conversas.



.nova agenda.nova pen.nova pasta.



.sem expectativas que é bem mais seguro.





[Jon Hamm no set da photoshoot de "Mad Man" para a Rolling Stones]

Dói tanto...


Hoje sonhei com o meu avô. Não me lembro do sonho na íntegra mas foi intenso. Ao longo do dia fui.me lembrando de partes muito definidas. As cores, as frases, os gestos eram muito claros. Acho que andava tudo à volta do "Não se preocupem que estou bem". Bem, a causa desta manifestação inconsciente deve ter sido as saudades do meu irmão ontem à noite e ver o Michael Douglas na sua antiga glória, Gordon Gekko. Não sei que vos diga. Há coisas assim, há dias assim. Na véspera do dia dos meus anos, esse sim, em que as saudades gritavam e se tranformavam em soluços silenciosos e chorosos. A saudade dói tanto. Mas tanto, meus queridos. É horrível.


Mas posso explicar.vos como funciona, mais ao menos:

Há dias em que se sentem fortes, capazes de tudo em que a saudade nem existe e tudo aquilo em que pegamos é com vigor. Somos capazes de comer o mundo. Andamos na rua a cantarolar aquela musiquita a levar com o vento na cara e a sorrir para estranhos. Basta.nos o passe num bolso, o ipod no outro e o caminho já está feito. Imaginam as várias possibilidades no vosso futuro. "Para onde poderei ir?" perguntam-se. "Giro, giro era mesmo Londres ou Paris. Sim, porque não Itália?". O céu é o limite. Mas depois, sim o "mas" é tramado, há aqueles dias em que até estamos bem dispostos e o dia parece correr bem. Mentira. Está tudo errado e à primeira lembrança esforçam.se para fazer cara forte. Ficam mal.dispostos. Têm umas dores cabeça estranhas. Sentem-se subitamente cansados, sem ânimo. Estagnam bem lá no fundo apesar de continuarem a andar, a apanhar o 28 ou a ouvir música. O silêncio é a vossa sanidade. Tudo está normal, tudo parece normal. Mas basta uma chamada. Basta atenderem o telefone que as palavras fazem o resto. E aqueles copos de cristal olimpica e higienicamente bem arrumados naquela prateleira tão bonita e limpinha estilhaçam com tanta força que é um chuva de vidro. Protegam os olhos. Protegam a cara. Protegam o coração. A partir daqui, só vos resta chorar. Pegar nos óculos escuros e soluçar. Dói tanto. Oh se dói. Doeu.me tanto, mas tanto. Era quase como um buraco negro que em vez de me puxar para baixo, doia. Sentia.me tão triste como se tivesse encontrado um ponto nevrálgico de dor mas em vez de física, era psicológica. É inexplicável. [não vos consigo explicar melhor].


A ausência é cruel e impediosa. O problema é quando ela dá as mãos à saudade. Aí sim, aí não há misericórdia para ninguém. Nada. Ninguém. E foi assim que me senti na véspera do meu dia de anos. Aquela pessoa que já lá não está para ver o que já consegui, o que já conquistei. Aquele telefonema que não ia receber. Aquele sorriso que já não ia ver.


Quando se começa a pensar assim, por muita força que se tenha, é muito difícil voltar atrás. O único caminho é libertar tudo o que é preciso e depois quando estivermos mais restabelecidas, aí sim, seguir em frente.


Palavra de amiga*




[Carey Mulligan. Gosto muito desta miúda e especialmente desta foto]

sexta-feira, 24 de setembro de 2010



today, I feel quite friday nightish. maybe I’ll have coffee, my “petit” drawing notebook and a generous playlist throughout the night.


and that feels just right, for now.

sábado, 18 de setembro de 2010







There's something about Sofia...