quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estado de espírito








Não consigo arranjar um melhor pretexto para partilhar isto convosco, mas é como se quando gostamos muito de uma coisa (nem que seja num momento e por razão nenhuma em particular - como é o caso destas imagens) estivéssemos a dar a conhecer uma parte íntima de nós. É como uma súbita paixão por uma música, um filme ou a personagem de um livro - não é bem uma questão de palavras, é uma questão de estado de espírito.



Nas imagens Depp (Dead Man, 1995), Mikhail Baryshnikov, Eliot Feld e Damian Woetzel (Bruce Weber para a Vanity Fair), Sylvie Guillem (segundo Richard Avendon), Colin Firth e Julianne Moore (por Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin) e Allen e Keaton sabe-se lá para quem.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

shush*



[Eva Green]

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

yeah houston, everything’s fine



pronto, época de exames de final de semestre.
fuckyeah.

o cada vez mais ácido e espectacular Ricky Gervais (e mais uma gala de Globos de Ouro).

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

e depois há noites assim...


"E dou.te tudo o que puder para passar uma noite deitada ao teu lado no quente da manta e do teu corpo ao som da tua respiração, do meu bater de coração e dos nossos sorrisos."



nada mais



[Diane Keaton e Woody Allen]

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pequena Pausa




e talvez daqui a bocado faça um chá e tenha vontade para trabalhar. but for now, just indulge me.

Mikhail Baryshnikov e Twyla Tharp segundo Richard Avendon.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Boa demais para apenas guardar. Tinha de vos mostrar.




[Peter Sarsgaard and Maggie Gyllenhaal]

2011: resoluções vs perspectivas


Ano novo, meus caros. Eis que chegou e mais depressa do que queríamos. Foi uma vertigem, se me perguntarem. Foi um ápice e foi duro. Oh se foi. Ano de perdas e de adaptações. Ano de tomadas de consciência e de arranques. Ano de suor, sangue e lágrimas, nem mais. Mas eis que agora chega outro. E honestamente não tenho nenhuma resolução ou expectativa. Tenho perspectivas. Boas e sólidas perspectivas a vários níveis. Sem medos e receios. Para quê? De nada servem visto que as coisas acontecem na mesma. O que que realmente interessa é a forma como lidamos com elas. É que nem vale a pena desesperar. Por isso é que ontem, com a minha família de um lado e a minha cronista.grande amiga.quase irmã, senti.me preparada para o que aí vem. Bom ou mau, estaremos todos cá para o passar. Depois de tudo aquilo que este ano que passou me trouxe, sinto que devo estar serena em relação ao que começa. Por isso aconselho.vos, caros leitores, a fazerem o mesmo que é muito mais fácil.
No que toca à passagem de ano ("pda" porque somos bué de fixes por aqui!) espero que tenham tido uma boa noite. Confesso que desde miúda que não ligo nada às passagens de ano. (Prefiro o Natal.) Esta viragem sempre me pareceu um pouco nostálgica, forçada e nalguns casos até decadente. Não gosto mesmo.

Mas este ano, agora que penso, a minha passagem de ano não se concentrou só num espaço de duas horas (00h e 01h) com passas amarelas, vinho espumante rosé e beijinhos de bom ano. Non. Este ano foi mais curioso. Depois de duas horas de aula de condução e de declinar um convite muito apetecível para a "pda", eis que me encontro a passear com os meus pais na baixa. Estava uma manhã fresca e limpa. Encontrámo.nos no elevador do prédio e fugimos entre sorrisos cúmplices para a passeata. Só os três. Companheiros da parvoíce. Andámos a ver coisas, a entrar e a sair de lojas, a rir e a dizer piadas, a gozar uns com os outros e a lembrar.nos de histórias. Se por um lado sou a irmã mais velha que tem de ir buscar os irmãos à escola que ajuda no jantar e lhe dá banho, por outro sou a amiga dos meus pais, a companheira, a que está ao seu nível, e isso é tão bom.
Outro momento que me fez saborear esta "pda" com mais tranquilidade foi o café com a cronista na esplanada do CCB. Que delícia. Entre dois cafés e duas cigarrilhas num esplanada meio molhada, risos, gargalhadas, silêncios e palavras pairavam sobre nós. O céu estava cinzento mas por momentos uns quantos raios de sol beijam.nos a cara, timidamente. "Nada de previsões" uma diz "porque de nada servem!" outra remata.
Mais do que olhar para o futuro, estivemos a olhar para o presente. O que temos. O que conseguimos. O que perdemos. Coisas boas. Coisas novas. Coisas esquecidas. Coisas complicadas. Tudo. E o tempo lá passou. E claro, "salsichas "bratwurst" e "magníficos materiais inúteis" lá desfilaram entre gargalhadas e golos de café.
Lá acabei por arrastar a cronista para uma "pda" completamente alternativa e familiar. Penso que se divertiu. Bem, pelo menos pude.lhe mostrar a dinâmica da minha família e a sua confusão. Mas acima de tudo, pudemos passar a nossa primeira "pda" juntas. E claro momentos como o meu quase engasgar enquanto tentava comer as passas e pedir desejos com a Curliz do meu lado esquerdo a papaguear - ateia do costume - ou sempre que ela bebericava o champanhe eu a faria rir até se engasgar ou mesmo quando já cansadas da comida, do disparate e do álcool nos sentámos num cadeirão, respirámos e permanecemos ali juntas.

"2011 terá de ser bom senão estamos tramadas!"

O que vos quero dizer, meus caros, não é que não tenham ambições e objectivos para o ano que vem mas que as típicas "resoluções para o ano x" não valem a pena. Resoluções como "ir mais vezes ao ginásio" ou "comer menos chocolate" ou até mesmo "deixar de fumar" são coisas diárias, pequenas e insignificantes. Devemos aplicá.las no quotidiano. Agora resoluções como "ser mais tranquila" ou "ser mais empreendedora" são coisas que já exigem uma concentração maior no tempo. São extensas e complexas. E que acabam por acontecer por si próprias. Vão ver.



[Audrey Tautou no "Um Longo Domingo de Noivado"]