domingo, 7 de novembro de 2010

M.Bublé 2010


Apesar destas duas cronistas terem ido ao concerto do Sr. Michael Bublé - Miguel Bolha para alguns - no Pav. Atlântico, estas foram em separado. Todavia avanço com uma pequena leitura do evento que foi, sem dúvida, estrondoso. O homem cantou e encantou. Rodopiou, deslizou e até o Papa imitou. A escolha da música de abertura - "Cry Me A River" - não foi a mais acertadada (demasiado mole e calma) mas as faíscas a romperem o palco lá compensaram. Começa logo por avisar que isto não era um concerto. "Os concertos são chatos. Isto é uma festa!" prevendo a animação que viria. Nunca tinha visto o pavilhão cheio de gente e deixem que vos diga, é assustador. Aquela acústica é mesmo miserável mas isso também foi esquecido. O concerto repleto de mães e filhas foi muito bom com um homem que se não fosse cantor, seria certamente comediante. Com uma enorme presença no palco e standards do jazz em jorrilho ("All Of Me", "I've Got A World On A String", "How Sweet It Is", "Save The Last Dance For Me"), passou.se muito bem uma noite. Claro que o "Home" da praxe foi um dos momentos altos da noite com ele no meio do público em completo acústico. Já outro momento seria o "Everything", música romântica que serviu de mote aos inúmeros casalinhos pelo recinto espalhados e no fim o "I Haven't Met You Yet", a música mais tocada na televisão neste último ano pelo Continente e pela Carte d'Or. Relembrou, ainda, outro tão estimado e célere Michael. Sim, o Jackson com direito a falsete e dança. Tocou também "For Once In My Life" de Wonder, que é só um dos melhores temas deste, e "Some King of Wonderful" dos eternos The Drifters - música utilizada no mítico "Dirty Dancing".

Bublé apresenta a banda, que era absolutamente irrepriensível e espectacular, entre piadas e disparates levando.o o público a aplaudir entusiasticamente um músico supostamente português pela parecença do apelido. Afinal era americano, residente no Texas. "I'm going to hell!" diz entre gargalhadas.

O encore acabou por ter mais força que a abertura visto que atacou o eterno "Feeling Good" da deusa Simone com unhas e dentes finalizando com um doce, doce "Me and Mrs Jones". Prova ainda, tal como Cullum havia feito em concertos anteriores, o poder da sua voz ao cantar a última frase de "Song For You" sem banda nem microfone para um pavilhão mergulhado no silêncio.
Assume já no fim que foi "estúpido" em não ter vindo a Portugal mais cedo. Pediu muitas desculpas e agradeçeu imensas vezes. Apesar de ser um discurso com o risco de cair no falso, a verdade é que este homem fez aquelas duas horas, ficou surpreso com a reacção e prometeu voltar no próximo verão.
Como eu sempre digo, o público português é fidelíssimo.
[mas ninguém me tira o meu Cullum por muitos Bublés que venham!]
set list do concerto em Espanha que foi idêntico ao de Portugal. Enjoy!

1 comentário:

  1. oh, a cronica desse concerto!

    surpreendeu, soube dar um espectaculo para um pavilhao atlantico esgotado (em dois dias consecutivos!), boa dinâmica com o publico e um excelente sentido de humor com elegancia - o que fica bem a qualquer homem. :) cullum será sempre outro nível mas o bublé ficou justamente riscado da lista.

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