sábado, 9 de maio de 2009

Oh não ainda há pózinhos nos cantos da caixa de plástico!


Confesso-vos desde já que me estou a obrigar a escrever pois não me sinto nada virada para as bloguíces do costume mas sinto alguma obrigação de vos dizer algo, meus caros inexistentes leitores.

O tempo tem vindo a passar assim como os dias. Encontro-me agora na recta final para algo diferente, algo novo e, esperemos, melhor. Estou portanto na transição. Não sou a mudança mas sim aquela que trabalha para a mudança. E por falar em trabalho hoje o meu nível de produção escolar foi relativamente fraquinho em comparação com o stress por mim desenvolvido logo no início desta tarde por causa de prazos, apresentações, falhas técnicas, logísticas ou até mesmo de vontade.

Confesso-vos, já pela segunda vez neste texto-que criatividade a minha-, que hoje não me apetece estar com metáforas, eufemismos, hipérboles, alegorias, enumerações (ups!), não me apetece estar com nenhum tipo de figura de estilo. Estou cansada e o relógio minúsculo no canto inferior direito aponta para a meia noite e treze e ainda para mais tenho duas fichas de português para fazer.
Que post tão secante e desinteressante, eu sei mas não me peçam mais que estou seca. Seca.
E amanhã voltamos ao mesmo.

Mas oh não ainda tenho uns pózinhos mesmo lá nos cantos da caixa de plástico e vou tentar ver se vos digo alguma coisa com o mínimo interesse:

-Pouco ou nada falo com o Hulk para uns, Príncipe do Egipto de Mocassaints para outros por absoluta e completa culpa minha. A verdade é que não me apetece estar a ressuscitar fantasmas do passado. Bolas, não é que seja de facto um fantasma ou algo penoso, mas é que já foi. Não me apetece estar a finjir que gosto ou a esforçar-me para que dê, nem mesmo para os mínimos olímpicos, é verdade (que cobarde que sou! eu sei...)
O comboio já partiu e em vez de me lamentar por tê-lo perdido, resolvi ir a pé.

-Algumas pessoas já descobriram este nosso blog de tal forma que antes de escrever já começo a desenvolver uma espécie de autocensura o que é muito mau sinal. Péssimo. Estou a fugir às linhas tortas mas directivas implementadas no dia em que estas duas maestrinas desta conspiração artesanal, resolveram contribuir para um mundo melhor e mais justo. Mas enfim...que se lixe!(apensar de primar aquelas teclas e escrever esta afirmação, não o sinto e sei-o perfeitamente. Daí a minha omissão de futuros tópicos. Olhem, temos pena!)

-Fui editada à pouco tempo. Duas vezes em dois dias. Ia tendo um curto-circuito. Ia explodindo mas a verdade é que ainda tenho muito que aprender. Fêz-me bem. Na crítica há uma verdade e por muito fria que seja, por muito geladinha que seja, é precisa. Logo a seguir um embate brutal donde resultaram lágrimas e retóricas cuspidas para as janelas frias do carro. Entre uma vozinha doce como framboesa "-A chorar poquê, Miss Hepburn(...)?" e soluços de fazer saltar o peito, lá aprendi umas quantas coisas em jeito de estalada para mim mas de conselho terno para eles. Eles tinham, têm e terão sempre razão. Por isso é que se chamam pais. Em apenas meia hora cresci quase um ano.

-Ainda estou a processar vagarosamente, porque é assim que costumo digerir acontecimentos curiosos, o vislumbre da minha fantasia do 11ºano. A minha panca, a minha grande paixoneta, o meu crush impossível. O meu "Bifana". Naquele aproximar e cumprimento costumeiro de dois beijos, pude analisar em micro segundos o estado em que o meu rapazinho, à muito desaparecido, se encontrava. Continua com aquele ar de puto reguila de olho azul e covinhas no sorriso. Todavia, é uma puto reguila mais gasto, mais estragado, mais velho. Mais estranho. Tenho a certeza que não consegui disfarçar o meu ar de surpresa mas "o" rapaz que eu ansiava quase todos os dias para ver no portão, a nossa triste sala social portanto, que eu ansiava por falar ou só mesmo passar, apareceu-me completamente desprevenida. Completamente. E o mais esranho foi que em vez de ficar nervosa, ansiosa, atraída ou mesmo divertida, fiquei parada, cordial, pacífica e triste.
O que foi e o que é. Óbvio que sabia que isto era tão certo como me chamar Noémia (frase antiga familiar) mas nunca pensei que fosse assim. Enfim...

-Entretanto tenho tentado ir à Feira do Livro mas estas têm todas desembocado em tentativas falhadas. Queria também ir ao teatro ver a peça "Menina Júlia" com o Albano Jerónimo, que confesso me suscita um grande interesse, e ler mais alguns livros mas não tenho tempo. Bolas às vezes pergunto-me como é que os outros conseguem? Será que sou eu que sou a atrapalhada? Que chatice!

Bem desculpo-me com a maior sinceridade que possa caber no meu peito pela escrita mais vulgar de que me servi hoje. Não é habitual ou se é sou eu que estou a ficar intelectualmente senil, Valha Nos Deus!


Um bem haja população humanóide
*

[Vou mas é fazer companhia à minha mãe que ela está sozinha na sala e não gosto nada de a deixar lá sozinha. É muito chato estarmos sozinhos.]
foto:The Wizard of Oz, um dos meus filmes favoritos

2 comentários:

  1. dá.me um alivio tremendo ver que alguém neste pequeno blogzinho consegues expressar.se tão bem, tão directamente e de forma tão fluente como tu - da parte desta cronista isso tornou.se assunto caro. e portanto, em suma, tenho de dizer que me agradam as tuas frases e divagações em tempos de seca.

    fica também o grande elogio à banda sonora e a futuros projectos quando o tempo livre o permitir. *

    ResponderEliminar
  2. oh minha cara nem sabes o que me fez o teu comentário...ainda mais por ter sido uma coisa escrita sem qualquer tipo de edição ou filtragem...

    ainda bem que gostaste da banda sonora achei q tal como era a minha cara, seria a tua :D

    ResponderEliminar