domingo, 18 de outubro de 2009

Um domingo

Pois que hoje se passou mais um domingo. Mas quero desde já partilhar convosco, meu público imaginário, que este dia se passou de maneira diferente à usual. Além de ter feito uma directa na noite anterior para acabar um trabalhinho da faculdade (sim, é tanto o entusiasmo!) e de só ter dormido 4 horas, acabei a minha noite a passear pela cidade.
Tudo começou quando decidi acompanhar um colega de turma para ir ver um conjunto de curtas-metragens do VII Festival de Internacional de Cinema, também conhecido por Doclisboa.


[Ah se o meu antigo professor de Área Projecto me visse agora..."-Quem é o intelectual agora...?"]


Estas estavam contextualizadas no ciclo de cinema dos Balcãs, permitindo-nos assim, ter um novo vislumbre pelos vários países que deles fazem parte. Abrindo com Sérvia e Eslovénia, passando por Montenegro e Bósnia-Hierzgovina, indo até à Croácia, sem esquecer o Kosovo e a Macedónia, todas as diferentes nacionalidades e visões foram transmitidas.
De começo atrasado e com mudanças de bobines abruptas pelo meio, a verdade é que hora e meia lá se passou e quando pensava que o convívio estava findado e se deveria preceder às cordiais despedidas, eis que surge uma ideia:"-Vamos comer qualquer coisa?"

Porque não? As crianças estão com o progenitor (informação obtida via chamada), o trabalho já está despachado, tenho alguns trocos na carteira e conversa engatilhada, e acima de tudo...é domingo. E apesar de amanhã tudo recomeçar, hoje ainda temos algumas horas pela frente em que não nos podem tocar. Não podem.

O jantar é comido e um passeio pela baixa, aproxima-se.
No meio de todo aquele vazio das ruas e daquele cintilar laranja dos candeeiros no passeio, palavras formam despejadas e frases foram soltas. Falamos, falamos e andamos, andamos.


[Tudo isto só com um rapaz.]


E perguntam vocês se estou apaixonada, se estou enamorada ou até mesmo se o vejo como possível interesse. Pois a resposta é: Não. Não. E não.

Já separada, depois de uma discussão sobre a minha segurança à noite na baixa e de querer ficar comigo até a minha boleia aparecer, cheguei a um sítio de antigo alcance:


"A verdade é que já me tinha esquecido de como é bom
ter amigos em vez de potênciais namorados."


E tudo isto ao som de uma bossa-nova tocada numa guitarra por um homem de cabelos compridos e olhos amêndoados frente à "Brasileira" do Chiado debaixo de uma noite fria e ventosa.



Um sincero bem hajA

*

[Chaning Tantum e Amanda Seygfried na pausa da sessão fotográfica para uma produção da Vanity Fair. Gosto da simplicidade.]
p.s.-Que as minhas palavras vos alegrem um pouco. Porque além de estar com um amigo, estou bem e mesmo que algo mude, ninguém me apaga o agradável tempo que passei hoje.

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