Tudo começou quando decidi acompanhar um colega de turma para ir ver um conjunto de curtas-metragens do VII Festival de Internacional de Cinema, também conhecido por Doclisboa.
[Ah se o meu antigo professor de Área Projecto me visse agora..."-Quem é o intelectual agora...?"]
Estas estavam contextualizadas no ciclo de cinema dos Balcãs, permitindo-nos assim, ter um novo vislumbre pelos vários países que deles fazem parte. Abrindo com Sérvia e Eslovénia, passando por Montenegro e Bósnia-Hierzgovina, indo até à Croácia, sem esquecer o Kosovo e a Macedónia, todas as diferentes nacionalidades e visões foram transmitidas.
De começo atrasado e com mudanças de bobines abruptas pelo meio, a verdade é que hora e meia lá se passou e quando pensava que o convívio estava findado e se deveria preceder às cordiais despedidas, eis que surge uma ideia:"-Vamos comer qualquer coisa?"
Porque não? As crianças estão com o progenitor (informação obtida via chamada), o trabalho já está despachado, tenho alguns trocos na carteira e conversa engatilhada, e acima de tudo...é domingo. E apesar de amanhã tudo recomeçar, hoje ainda temos algumas horas pela frente em que não nos podem tocar. Não podem.
O jantar é comido e um passeio pela baixa, aproxima-se.
No meio de todo aquele vazio das ruas e daquele cintilar laranja dos candeeiros no passeio, palavras formam despejadas e frases foram soltas. Falamos, falamos e andamos, andamos.
[Tudo isto só com um rapaz.]
E perguntam vocês se estou apaixonada, se estou enamorada ou até mesmo se o vejo como possível interesse. Pois a resposta é: Não. Não. E não.
Já separada, depois de uma discussão sobre a minha segurança à noite na baixa e de querer ficar comigo até a minha boleia aparecer, cheguei a um sítio de antigo alcance:
"A verdade é que já me tinha esquecido de como é bom
ter amigos em vez de potênciais namorados."
E tudo isto ao som de uma bossa-nova tocada numa guitarra por um homem de cabelos compridos e olhos amêndoados frente à "Brasileira" do Chiado debaixo de uma noite fria e ventosa.
Um sincero bem hajA
*
[Chaning Tantum e Amanda Seygfried na pausa da sessão fotográfica para uma produção da Vanity Fair. Gosto da simplicidade.]
p.s.-Que as minhas palavras vos alegrem um pouco. Porque além de estar com um amigo, estou bem e mesmo que algo mude, ninguém me apaga o agradável tempo que passei hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário