Estamos prontos? Isso nunca se sabe, mas faz-se o possível.
Desde que tenhamos a sensação de controlo, esqueçam lá o verdadeiro controlo que isso não nos diz respeito, tudo parece bem. Hoje tive essa minha sensação de controlo já esquecida. Saí daquela sala onde estive duas horas e meia e subi a rua íngreme. Troquei dois dedos de conversa com colegas e metro com ela. Aquela travessia entre o Saldanha e o Marquês soube-me pela vida. Vento na cara e passadas ritmadas. Calmamente. Sempre na música. Os passos são meus e dos pensamentos nem é preciso falar. Almoço de meninas, todas mais velhas que eu, mas também mais divertidas. Precisei, então, de digerir a refeição e lá fui de música, óculos e mala a pé pela a gloriosa Avenida da Liberdade. Vou buscar um programa da Cinemateca e acabo por me sentar a ver Hitchcock. E quase que o sono me leva a melhor por duas vezes enquanto me agarro ao casaquinho de malha. A sala estava fria e as cadeiras são enormes. Tantos velhotes para o sr Alfred! Lá saio e apanho o vagaroso 32. Sento-me ao sol e fecho os olhos. Com a "Sweet Disposition" nos ouvidos e sorriso na cara não há anúncio da super bock ou da optimus que supere isto. Estava feliz mas tranquila. Apaziguada. Aconteça o que acontecer, há sempre uma saída, há sempre uma outra perspectiva, há sempre novos sítios por onde se andar. E por muito que este novo "nirvana" seja temporário, já fico feliz por o ter atingido. É bom sentir outras coisas além da tristeza, ausência e saudade. É realmente bom saber que há esperança, que há outras soluções. E que, mais importante que tudo, para o bom e para o mau nada é definitivo.
Graças a Deus.
[Gordon-Levitt and Page on the pic.]
gostei muito :) temos de pôr a conversa em dia. O Johnny falou-me de sábado, indie night kind of thing, can i join? ^^ tenho coisas engraçadas para te contar :)
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