Há uma coisa que devo dizer a respeito de eventos sociais. A verdade é que quanto mais o tempo passa, menos paciência tenho para eles, mas justiça lhes seja feita - são sempre extremamente didácticos.
Só digo - que cansaço.
Ao fim de um certo tempo percebemos que as impressões que temos da maior parte das pessoas que nos rodeiam não são simplesmente uma ou outra coisa aqui e ali, mas um acumular disforme e desgastante de pequenos hábitos, acontecimentos e atitudes que não me fazem não gostar destas pessoas mas apenas inevitável e irremediavelmente.. cansar.me delas.
Farta dos meninos e meninas ai que bonito que eu sou da geração rebelde (ou como diria Miss Hepburn, da geração Optimus, Segue O Que Sentes), dos colegas que se tornam conhecidos e com as quais deixamos de ter tema de conversa (justiça seja feita, que não penso que a culpa seja de alguém nestas situações) ou dos amigos que se tornam colegas e com os quais é melhor já nem ter tema de conversa (e neste caso a culpa é dos dois lados, quer queiramos, quer não) - existem ainda os casos de melhores amigos que passam a conhecidos, mas isso é outra história.
Farta dos individuos que pensam que possuem a moral suprema na barriga e que fazem juízos de tudo e todos a seu belo prazer e farta de pessoas que, de tão enrredadas que estão nos próprios problemas, não têm mais espaço senão para elas.
Farta de intrigas, farta de dramas, farta de tentar agradar a gregos e troianos.
Pffiu, expirou, acabou.
A questão é.. não consigo dizer pronta e convictamente que não suporto este grande aglomerado de gente (quanto mais não seja, de maneiras variáveis) mas sei que sinto agora no último ano de secundário o mesmo que sentia no final do nono: que preciso de espaço e mudança.. e só quem me é verdadeiramente importante fará inevitavelmente parte disso.
Não deixa de ser curioso notar que tanto o nono como o décimo segundo são anos de transição e que, a par disso, também as relações entre as pessoas se parecem desgastar. Pergunto.me se existe um prazo de validade para tudo isto. Isto, este complexo intricado e subtil de relacionamentos que nunca irei compreender na totalidade. Acredito sinceramente que há amizades que não esticam de todo, outras que não esticam mais que algum tempo e apenas um pequeno grupo que resiste por qualquer lei extraordinária da física.
Não, não há o lado certo ou o lado errado, mas por amor de Deus..
deixem.me ao menos passar com o lado com o qual me sinto à vontade.
E eu, o que sou no meio disto tudo?
Uma hipócrita suponho. Afinal é o que acontece quando nos tentamos dar razoavelmente com gregos E troianos - vivemos numa película fina em que nos cansamos dos dois e vice.versa.
Ao menos não sou uma hipócrita com a mania que sei o que é certo e o que não é.
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Um bem haja à alminha que escreveu isto!
ResponderEliminarÉ triste, mas é a realidade. Tem o meu voto para a presidência nas próximas eleições.
Clap! Clap! Clap!